A seleção uruguaia não tem convencido: dois empates e uma vitória (assim como a Argentina, sua próxima rival). Apesar disso, a ‘Celeste’ tem jogadores de qualidade e foi a melhor seleção sulamericana na Copa do Mundo (4ª colocada). Diferentemente dos dois principais favoritos na Copa América (Argentina e Brasil), o futebol uruguaio não é dos mais apurados, mas há de se parabenizar o técnico Óscar Tábarez, que apresenta uma formação tática diferente.
Tábarez trabalha no 4-2-3-1, sendo que nessa formação temos dois volantes de contenção, com Arévalo como principal homem de marcação (um cão-de-guarda da zaga celeste) e Perez, que pouco sai da sua zona, concedendo segurança ao Uruguai (ver figura abaixo):

Com esses dois volantes, há uma maior investida dos laterais, principalmente pela esquerda com A. Pereira, que sempre aparece no ataque. Os meias C. Rodríguez e González pouco avançam e ajudam mais na marcação do time uruguaio, deixando a armação das jogadas para o jogador do meio, Forlán, que tem categoria de sobra para dar assistências para Suarez, que usa da sua velocidade para tentar sair por trás dos zagueiros.
Uma característica interessante de Suarez é que cai pelos dois lados, auxiliando a possível chegada de um dos meias e/ou dos laterais e faz parede para tentar armar algum lance de gol junto com Forlán.
As substituições feitas surtem um efeito interessante na seleção uruguaia, com a entrada de Eguren e Lodeiro. Dessa forma o time muda para um 4-3-1-2, usando essa formação para ter maior aproximação de seus jogadores, permitindo uma melhor troca de passes e a manutenção da posse da bola, como foi feito no jogo diante do México.
Assim, impossibilita o adversário de pressionar no final da partida e ainda aproxima Forlán de Suarez, oferecendo ainda mais perigo ao oponente (ver figura abaixo):

O duelo ante os donos da casa vai ser bastante interessante, pois o Uruguai pode tentar minar Messi com Arévalo no pé do craque e ainda impedir as infiltrações de Di Maria e Aguero pelas pontas. Ao mesmo tempo, as jogadas de Forlán e a velocidade de Suarez podem surpreender a zaga argentina. Vamos esperar e ver qual será a estratégia usada por Batista para superar a defesa celeste. Que esse seja um bom jogo para encher os olhos daqueles que gostam de um bom futebol, que está ausente até agora na Copa América.
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