segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Bastidores: nos acréscimos, equipe da Rádio Unesp Virtual consegue entrada para a final da Copa América

Cristiano Pavini

Eram dez horas da fria manhã de sexta-feira (22/07) em Buenos Aires, antevéspera da final da Copa América, e este repórter aguardava paciente e ansiosamente (em proporções cada vez mais inversamente proporcionais) o início da entrega das entradas para o decisivo jogo entre Uruguai e Paraguai. 

Não era à toa a ansiedade. A Rádio Unesp Virtual não havia figurado entre os veículos cadastrados para a final, em uma lista divulgada no dia anterior pelo Comitê Organizador. Prevendo problemas, decidimos comparecer à central de imprensa o mais cedo possível para tentar superar as barreiras que certamente encontraríamos.

O fim da paciência tampouco era desprovido de razão. Importantes horas de sono foram sacrificadas para que chegássemos à central exatamente as 8h50 (em 24 dias de cobertura, nunca dormimos antes das três da manhã), tendo em vista que a previsão de abertura seria as 9h00. Deparamo-nos, entretanto, com um cenário totalmente diferente do esperado. 

A fila de repórteres sedentos por entradas, cenário lógico, havia sido substituído por um perturbador vazio. Além de mim, havia apenas um jornalista espanhol e dois “seguranças” - cujas aspas não são meros enfeites. Eram dois sujeitos desprovidos de qualquer resquício de cortesia, que ficaram nos encarando com cara de poucos amigos e cabeça com pouca pelagem. 

Segurança protegendo mesas e cadeiras vazias, mediante atraso dos organizadores (Foto: Cristiano Pavini)

Por volta das 10h00 esses seguranças começaram a distribuir senhas para ordenar o atendimento nas mesas. Nesse momento já havia diversos outros colegas de imprensa (a maioria de veículos colombianos) na mesma situação que a minha. 

Simultaneamente ao chá de cadeira, o setor de credenciamento passava por uma movimentação estranha. Diversos jornalistas (quase todos argentinos) e “personalidades” estavam retirando suas credenciais, que haviam começado a ser entregues quase um mês antes (os repórteres da Rádio Unesp Virtual estavam com elas em mãos desde 26 de junho). 

Muita gente nova, que não havia comparecido aos jogos anteriores, resolveu prestigiar justamente a última partida. Claro que os ingressos destinados aos torcedores de última hora deixariam, na mesma proporção, outras pessoas sem lugar no evento.

Eram dez e meia quando os organizadores tomaram seus devidos lugares e deram início à entrega dos ticketes. Não houve imprevistos para a retirada das entradas da disputa pelo terceiro lugar (entre Peru e Venezuela).

A tentativa de obter ingressos para o jogo final também ocorreu conforme o previsto: rodeada por problemas. 

Nossos poucos e preciosos segundos de diálogo com os organizadores eram encerrados com boa dose de arrogância por parte deles:

- Se o nome não está na lista, não entra. E não vai haver lista de espera. 

A lista de espera era o instrumento utilizado pela Rádio Unesp Virtual para entrar nas partidas anteriores. Como recebíamos apenas uma entrada, o outro repórter se cadastrava nessa lista e aguardava para retirar o ingresso de algum repórter desistente (e sempre havia vários). 

Desta vez, no entanto, o Comitê decidiu inovar. Aparentemente, os convites que não fossem retirados pelos repórteres teriam o lixo como destino final.

Obviamente isso gerou revolta aos jornalistas presentes. Suspeitas de favorecimento a veículos argentinos e a convidados do exterior começaram a ganhar força, alimentada pelas dezenas de repórteres recém cadastrados que supostamente conseguiam diversas entradas.

- Se isso continuar assim, vamos pegar em armas e conseguir esses ingressos à força! – jurou ironicamente um jornalista colombiano, cujo nome preservarei por motivos óbvios, juntamente com a identidade da meia dúzia de repórteres que aplaudiu a iniciativa. 

Outros ameaçaram retaliar os argentinos em Medelin, onde havia começado o Mundial Sub-20. “Vou fazer de tudo para que os veículos da Argentina sofram a mesma humilhação que estamos passando agora”, prometeu um dos colombianos.

Em meio as nossas tentativas de protesto (devidamente monitoradas pelos olhares de cólera dos seguranças), o comitê organizador afirmou que uma lista de espera seria iniciada as 17h00. A equipe da Rádio Unesp Virtual almoçou em um cocktail promovido por uma empresa de treinamento de dirigentes esportivos (que renderá uma publicação neste blog em breve) e aguardou no local.

Na realidade, e como um aporte totalmente desnecessário ao tema, este repórter caminhou por quase uma hora até a estação rodoviária, onde repousavam os 90 kg de bagagem, divididos em quatro malas, acumulados pela equipe da Rádio Unesp Virtual nos quatro meses de intercambio anteriores à competição. Houve depois o trabalho hercúleo de levar sozinho as malas até o hotel onde estávamos hospedados e voltar à central de imprensa (em um ônibus de trajeto não inferior a quarenta minutos). 

Ainda no ônibus, uma mensagem da Daniela Penha, que aguardava na central: “A lista de espera foi adiada para as 17h30”. Depois novo adiamento: agora haveria uma listagem apenas as seis horas da tarde. Espera em vão. “A partir das 18h30 terá início a distribuição de ingressos para os repórteres que não estejam cadastrados”, divulgou um dos organizadores.

Eram sete horas da noite quando os repórteres colombianos – aqueles que cogitaram pegar em armas – decidiram demonstrar o descontentamento com tamanho desrespeito, reclamando em voz alta da desorganização e acusando o Comitê de querer revender as entradas (no que foram acompanhados pela equipe da Rádio Unesp Virtual).

Pouco depois, e quando já não havia quase ninguém na central de imprensa, um dos organizadores no chamou e, exalando doses de arrogância, afirmou que haveria sim uma lista de espera. Mas somente um por veículo poderia ter direito ao ingresso, que deveria ser retirado apenas no dia do jogo.

Outros trinta minutos até que uma fila fosse organizada. Eu e Daniela, devidamente alertados sobre a impossibilidade de obtermos dois ingressos, entramos na fila. Consegui incluir meu nome. Ela recebeu apenas um olhar significativo de desprezo do funcionário. 

Partimos do comitê ao som da fúria colombiana: o organizador acabara de dizer que nenhum outro repórter da Colômbia poderia se cadastrar, argumentando que muitos desse país estavam na lista. A Rádio Unesp Virtual estava devidamente cansada para presenciar a possibilidade da revolução armada, antes irônica e hipotética, tornar-se realidade.

Conquistando a América e o ingresso
No domingo, após presenciarmos a surpreendente vitória do Peru sobre a Venezuela no dia anterior, a equipe da Rádio Unesp Virtual partiu no primeiro ônibus da Sala de Imprensa rumo ao estádio Monumental, onde seria disputada a final. 

Apesar de todos os indicativos em contrário, restava a mínima esperança de que ambos os repórteres conseguiríamos as entradas. Ilusória expectativa: os organizadores relutaram em entregar até a única entrada a que tínhamos direito (boa dose de paciência e persistência foram necessárias até que o funcionário encontrasse o envelope, timbrado com o selo da AFA,tendo como explicito destinatário a Rádio Unesp Virtual).

Faltando cerca de três horas para o início da partida, nossa equipe já se resignava com o fato de que, após presença em seis jogos da competição, um de nós não vivenciaria justamente a final. 

Para amenizar as doses extremamente exageradas de tragédia contidas nesse texto, um encontro inesperado: nos deparamos com J.B Telles, chefe de credenciamento da CBF. Havíamos tido contato com ele durante o jogo de Brasil e Paraguai pelas quartas de final e, principalmente, na fatídica sexta feira.

Na ocasião, ele havia comentado sobre um ingresso que possivelmente não seria utilizado por um repórter brasileiro desistente. Descrentes de tamanha sorte, já havíamos praticamente descartado essa possibilidade
Nem bem nos cumprimentamos e ele comentou com o colega que o acompanhava: 

- Lembra os estudantes brasileiros que estávamos procurando? São esses aí.

Em seguida, tirou o ingresso do bolso da camisa e nos entregou. Nosso agradecimento foi tanto que resultou na foto abaixo:
O salvador Telles com a entrada que nos foi presenteada (Foto: Cristiano Pavini)
Com isso, a equipe da Rádio Unesp pode agora vangloriar-se de ser a única Rádio Universitária Brasileira presente em sete jogos da Copa América 2011, com destaque especial para a partida final que consagrou o Uruguai como o maior vencedor da competição. Abaixo, uma das últimas fotos realizadas para a cobertura, em pleno estádio Monumental, durante a volta olímpica uruguaia:

Estádio ainda estava praticamento cheio para a festa uruguaia (Foto: Thales Machado)

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Adiós, Argentina

Cristiano Pavini – Jaú (Brasil)

Após vinte e quatro dias, cinco cidades, mais de 48 horas acumuladas de viagem em ônibus, seis quilos à menos (no caso deste repórter) e presença em sete jogos e quatro estádios, a equipe da Rádio Unesp Virtual despediu-se nesta terça-feira da Copa América 2011.

 No dia seguinte à conquista do título pelo Uruguai, nossa equipe de reportagem já tentava impor um mínimo de organização aos mais de 80 quilos de bagagem (acumuladas em nossa estadia de cinco meses na Argentina) e aguardava ansiosa pelo retorno ao feijão com arroz.

Um vôo cancelado, 220 dólares pagos pelo excesso de peso nas malas e diversas queixas à empresa responsável pelo nosso vôo (cujo profissionalismo impede que revelemos o nome - iniciado por T, finalizado por M e com a interligação realizada pela primeira letra do alfabeto), retornamos ao Brasil na tarde de ontem.

Nosso desembarque em solo tupiniquim, entretanto, não encerra as atividades desse blog. Mais de três mil fotos e vídeos (totalizando 15 gigabytes) e centenas de histórias, armazenadas nos computadores e blocos de notas de nossos repórteres, serão selecionadas e postadas diariamente.

Dentre esses arquivos, um é especial: a filmagem do qüinquagésimo quarto e último gol da Copa América 2011:



Nos próximos dias contaremos os bastidores da cobertura da Rádio Unesp Virtual na competição, desde a travessia das montanhas andinas ao lado de trinta mil chilenos (quando inauguramos oficialmente esse blog) até à conquista do ingresso para a decisiva final da Copa América (quando um de nossos repórteres estava barrado faltando menos de duas horas para os últimos 90 minutos do último jogo).

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Em solo argentino, quem comemora são os uruguaios

Cristiano Pavini - Buenos Aires

A praça do Obelisco, um dos principais pontos turísticos de Buenos Aires, tornou-se reduto uruguaio ontem após a conquista da Copa América pela seleção celeste. Mais de dois mil torcedores compareceram com suas tradicionais bandeiras, instrumentos de som, muita animação e igual (senão maior) dose de cerveja.

Festa uruguaia agregou torcedores de todas as nacionalidades, menos argentinos e paraguaios
(Foto: Cristiano Pavini)

Obelisco, tradicional palco de comemorações argentinas, encheu-se de azul celeste (Foto: Daniela Penha)

Além de uruguaios,estavam também presentes brasileiros, colombianos, peruanos, venezuelanos e chilenos. A principal ausência (além, é claro, dos paraguaios), eram os argentinos.Pouquíssimos deles foram prestigiar a festa uruguaia.

O mesmo já havia acontecido durante o jogo. Em meio as centenas de bandeiras presentes no estádio, não havia sequer uma da argentina.

A Rádio Unesp Virtual filmou boa parte da comemoração uruguaia, mas devido a problemas de conexão com a internet ainda não foi possível disponibilizar o vídeo.

Atualização - 27/07


domingo, 24 de julho de 2011

Exclusivo: Monumental pouco após o término da partida

Cristiano Pavini -  Monumental (Buenos Aires)

A equipe da Rádio Unesp Virtual conseguiu entrar dentro do gramado do Estádio Monumental poucos minutos após a consagraçao do Uruguai como campeao da Copa América 2011:



Em breve colocaremos mais vídeos, fotos e nossas impresoes do jogo final.

A taça é para quem torce

Daniela Penha - Estádio Monumental (Buenos Aires)

Uma final se faz saber e valer pela movimentação nos portões do estádio. Os torcedores vestem suas camisas, agarram suas bandeiras, pintam a cara e saem em luta pela pátria que - pelo menos durante as 24 horas que antecedem "el grand finale", os 90 minutos do esperado embate e as 24 horas posteriores - se resume a um grupo de 11 homens e sua meta de honrar a camisa nacional fazendo a bola chegar dentro das traves: uma, duas, quantas vezes a habilidade de jogador permitir. É o fim e, como todo fim, representa a soma de esforços e a etapa mais próxima da taça.

Uma batalha pacífica: apenas para um dos dois combatentes as 24 horas posteriores serão de euforia absoluta. Ainda assim, pelo menos durante as 24 horas que antecedem a partida, os torcedores comemoram e fazem questao de mostrar ao mundo o quanto estao orgulhosos. Os dois lados, nesse momento de pré, se consideram campeões. Talvez, no fim do jogo, quando nao haja mais parcimônia e a necessidade de dar o título a uma das partes se faça constante (porque todo jogo deve ter um ganhador) algumas lágrimas caiam. Porém, diferente das lágrimas dos times desclassificados antes de chegarem às quartas, essas não são de decepção. Representam a vontade reprimida de chegar ao topo. Porém, em momento algum, tiram dessa tal pátria o mérito te ter chegado aqui. Tão perto.

Nos portões do estádio Monumental do River Plate é isso que se vê e se sente por agora. Uma multidão de paraguaios e uruguaios gritam para quem quiser ouvir: Estamos na final! Tem gente paraguaia que viajou 20 horas de ônibus para acompanhar o time. Tem gente uruguaia que veio de ferry-boat aproveitando a - boa, nesse caso - proximidade geográfica. Tem quem já vive na Argentina há muito tempo. Tem quem se mudou por agora. Tem aqueles que estao desde o comeco da Copa - e para eles é ainda mais extasiante ver que o percurso foi exatamente o esperado. Tem quem veio para a semi e ficou.Tem gente de outros países que, na ausência de um time seu, pegou um pouquinho do outro emprestado e também vestiu a camisa. Tem de tudo um pouco. E em tudo se vê animação e muita vontade de torcer.

Os uruguais se caracterizam pelo "soy celeste" que invade e toma conta dos espaços onde chegam. Basta que um comece a cantar para que todos os outros entrem no canto e, de repente, um coral está pulando, batucando e afirmando, sem cansar, que são da cor do céu. E nesse cântico entram todos. Crianças de todas as idades cantam, cada uma com a suas possibilidades, o hino da torcida uruguaia. Aqueles que de tão pequenos nao sabem cantar, dançam e pulam, para sentirem-se também parte da torcida.

Na torcida paraguaia, os cantos se misturam aos gritos de guerra, aos chapéus de todas as cores e formas e aos muitos rostos pintados. Novamente, todo mundo entra na tinta. Chicos e grandes. Nenas e ninos. A idéia e uniformizar a torcida em uma só voz e apenas três cores: azul (nada celeste), vermelho e branco.

O mais bonito de se ver, no entanto, são os momentos em que os uruguaios e paraguaios se juntam. Se  misturam e, em pequenos gestos, dizem ao outro que a rivalidade é coisa dos gramados e "no mas". Vimos paraguaios pedindo fotos com uruguaios e vice-versa. Vimos um uruguaio chiquito segurando uma bexiga vermelha sem se preocupar com o amanhã. "Eu não ligo não. Minha bexiga é bonita".

(Foto: Cristiano Pavini)

(Foto: Daniela Penha)

Foto: Daniela Penha

Foto: Daniela Penha

Foto: Cristiano Pavini

Foto: Daniela Penha



Foto: Cristiano Pavini


Vídeo: portão de entrada do Monumental

Cristiano Pavini - Estádio Monumental (Buenos Aires)

A batalha pela conquista da Copa América começa muito além do gramado. Há menos de duas horas do início da decisiva partida, milhares de torcedores uruguaios e paraguaios se amontoavam nos portões de entrada em busca do melhor lugar dentro do estádio. Enquanto a bola não rolava dentro do gramado, a competição era para ver qual torcida promovia o melhor espetáculo:

Jornalista esportivo adora uma pelada

Cristiano Pavini - La Plata

Faltavam cinco minutos para o final do primeiro tempo entre Peru e Venezuela quando um tumulto começou a se formar no setor de imprensa do Estádio Único em La Plata. Diversos jornalistas levantaram de suas cadeiras e deram as costas ao gramado, negligenciando completamente a disputa pelo terceiro lugar da Copa América. Alguns profissionais mais entusiasmados saíram de seus assentos e foram ao encontro de algo muito mais interessante do que vinte dois marmanjos correndo atrás de uma bola: a miss universo venezuelana.

Inicialmente a equipe da Rádio Unesp Virtual não compreendeu o que se passava. Perguntamos a uma das voluntárias presentes: "É uma dessas mulheres só que querem aparecer. E esse bando de jornalistas idiotas ficam enlouquecidos", respondeu ela em tom de deboche.

Quando o assunto é mulher, jornalistas esquecem a neutralidade (Foto: Cristiano Pavini)
A garota, vestida com uma fantasia e uma espécie de cocar na cabeça, começou a descer as escadas do setor de imprensa e foi rodeada por jornalistas. Em vez de perguntas, fotos: quase todos queriam um registro ao lado da "musa" (que, convenhamos, nem era tão bonita assim).

Um dos mais empolgados vestia uma camisa do Peru e fazia questão de ser fotografado ao lado da beldade. Perguntamos para ele quem era a mulher merecedora de tanto esforço para uma foto: "Não faço a mínima idéia", respondeu.

Posteriormente, descobrimos que seu nome era Vianca Dugarte. Segundo sua página na internet, ela destina sua vida a "percorrer a Venezuela e o mundo para divulgar as belezas de seu país, através de seus dotes de guerreira, deusa e virgem, transmitindo uma mensagem de paz, fé e reconciliação" (!!!).

A equipe da Rádio Unesp Virtual tentou aproximar-se dela (na realidade, este repórter aspirava a uma foto, mas sua colega de profissão - e namorada - barrou a expectativa).

Cartazes distribuídos por Vianca eram mais disputados pelos jornalistas do que uma entrevista com Messi
(Foto: Cristiano Pavini)
Sua presença no estádio não durou muito tempo: antes de iniciar o segundo tempo, ela já não estava mais presente entre os jornalistas. A brevidade, entretanto, foi suficiente para que ela rapidamente ganhasse destaque em portais de internet de todo mundo. Esse aumento instantâneo de popularidade talvez a ajude na árdua tarefa de desfilar pela paz mundial com pouquíssima roupa.

OBS: Na página do jornal peruano Depor.pe há um vídeo com a tietagem.