domingo, 10 de julho de 2011

"Não tenho vergonha de torcer, sou brasileiro", afirma Galvão Bueno

Cristiano Pavini e Daniela Penha - Córdoba

O treino de reconhecimento de gramado da seleção brasileira em Córdoba, na sexta-feira, estava próximo do fim. O tradicional rachão não empolgava e grande parte dos jornalistas já estava deixando o estádio. A equipe da Rádio Unesp Virtual também se preparava para fazer o mesmo, quando avistamos Galvão Bueno entrando no Mário Kempes. Nosso conflito entre manter a postura profissional ou ceder à admiração por um dos principais locutores do país pendeu para a segunda opção, resultando no pedido para uma rápida entrevista. “Só um minuto, que vou gravar para o Jornal Nacional”, respondeu Galvão, com uma atenção surpreendente.

A espera durou um pouco mais que o prometido, mas valeu à pena. Em meio à ventania e aos testes dos equipamentos de som do estádio (que prejudicaram sensivelmente a gravação do áudio), o principal narrador da seleção brasileira conversou alguns minutos com a Rádio Unesp Virtual.

Para Galvão, Argentina e Brasil podem se enfrentar antes da final (Foto: Daniela Penha)
Perguntamos qual era sua expectativa em relação à Copa América deste ano, e se o início da competição não estava aquém das expectativas. Com a experiência de quem já cobriu diversas edições do torneio (“já nem me lembro quantas”), ele relembrou que a má estréia do Brasil não era nenhuma novidade:
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Ainda sobre a Copa América, questionamos qual foi a narração mais importante que ele já fez na competição. Ele relembrou o épico gol de empate de Adriano no último minuto na final contra Argentina em 2004, mas considerou o golaço de estréia de Ronaldinho Gaúcho na seleção brasileira como a narração mais especial (todos devem se recordar da empolgação de Galvão narrando o “olha o que ele fez... olha o que ele fez”).
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Abaixo, o vídeo do gol:


Perguntamos também sobre a dificuldade em impedir que o coração de torcedor se sobreponha ao lado profissional durante as narrações. “Ah, é complicado. Para organizar é difícil”, respondeu Galvão entre risos. Mas ele garantiu que pode até ser considerado neutro, se comparado às narrações dos argentinos, italianos e americanos:
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Galvão fez questão de ressaltar a importância de uma rádio universitária na cobertura de um evento do porte da Copa América (a Rádio Unesp Virtual, pelo que se sabe, é a única rádio virtual estudantil brasileira com credenciais para a competição). Por fim, perguntamos sobre as diferenças entre a narração de automobilismo e de futebol. “A Fórmula 1 é mais trabalhosa, já o futebol é mais emocionante, principalmente quando se trata de seleção brasileira”:
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Abaixo, a íntegra da entrevista com Galvão Bueno:
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2 comentários:

  1. Grande trabalho da equipe aí na Argentina! Bela entrevista com o Malão Bueno! Gosto mto dele.. hehehe Agora.. vcs tem que dar um pouco mais de sorte pra Seleção, heim?! hahaha Bjos e abraços

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  2. Eu sei que o post é antigo, mas essa do G.B. é boa. Também torço para o Brasil e não tenho vergonha. O que me dá vergonha são as demonstrações xenófobas do Galvão Bueno contra os argentinos. Moro no Sul, e constato que hoje existe um preconceito contra argentinos que quase não se via há uns 15 anos, fruto do pseudo-jornalismo esportivo e dos pretensos programas de humor. Galvão pode até ser bom comentarista, mas não assume sua responsabilidade social como comunicador, nota zero como ser humano.

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