sexta-feira, 1 de julho de 2011

Argentina, Messi e o Barcelona.

Por Guilherme Carinhato, membro da equipe Taktikus

       "A anfitriã estréia hoje a Copa América tentando reverter o cenário que ocupou nos últimos tempos. Sempre com uma seleção forte, recheada de nomes de alcance internacional, a Argentina sofre de uma expectativa de um futebol técnico, envolvente, e aguerrido.



Nos últimos dois anos, a expectativa aumentou ainda mais. Lionel Messi, o melhor jogador do planeta, coleciona títulos, prêmios e partidas geniais em seu clube, o Barcelona, mas não consegue repetir o mesmo sucesso em sua seleção. Maradona, no ano passado, tentou por meio de sua psicologia tirar a pressão externa de seus jogadores, porém uma seleção desorganizada dentro de campo não deu suporte para que Messi e outros talentos brilhassem com deveriam.

Após o fracasso na Copa do Mundo, Sergio Batista foi contratado, e seu discurso foi que a Argentina jogaria como o Barcelona, para que Messi comandasse a seleção à glória, assim como no time catalão.

A conclusão de que Messi só vá render na posição em que joga no Barcelona não me convence. Messi começou no time como ponta direita, virou armador em um 4-2-3-1 que tinha Ibrahimovic como centroavante e hoje ocupa esse espaço com intensa movimentação entre o meio e a zaga. Prova de que ele se adaptaria a qualquer outro sistema.

Sendo assim, a tentativa assume muitos riscos, em relação a essa comparação ingrata. O Barcelona tem uma filosofia de jogo muito bem definida e trabalhada desde as categorias menores da base. A filosofia, ou melhor, o estilo de jogo, não deve ser confundido com o sistema de jogo usado pelo time profissional atualmente, o 4-3-3.

O que Batista tenta, hoje, é distribuir seus jogadores nas posições que o Barcelona adota, dando as mesmas estratégias a esses. Lavezzi é Pedro, Dí Maria é Villa, Biglia e Banega são Xavi e Iniesta, e Messi é Messi.

Eis o problema: apenas distribuir os jogadores, dando as mesmas estratégias para cada um, é o suficiente para que um time incorpore o estilo do Barça?

Para que a tentativa dê certo, a seleção Argentina deverá se comportar principalmente como o Barcelona se comporta SEM A BOLA, ou seja, intensa pressão na saída de bola adversária, buscando sempre ter a bola no pé, e aí rodar e rodar, se movimentar, até achar o curto espaço que Messi precisa.

Para isso, os jogadores deverão se comprometer ao máximo dentro de campo, atingindo um alto entrosamento em um curto período de tempo. Se tudo ocorrer como planejado, os jogos da seleção Argentina serão uma excelente oportunidade para os admirados de um futebol bem jogado".

Um comentário:

  1. O diagnóstico da Argentina poderia ser feito por um psicólogo. Ninguém 'des'aprende a jogar bola. Fica claro: o emocional hermano está com chiliques. É como um homem belo - mas carente - frente a uma bela mulher. Titubeia.. treme, mesmo sabendo do seu potencial.
    Mas por outro lado.. se o homem belo conquista uma linda mulher.. ele se torna um conquistador nato, cheio de confiança e amor para dar. Nenhuma outra mulher o dará medo.
    Então, se cuida Brasil. Uma argentina confiante traria problemas sérios para 2014!
    Tomará que a bela mulher dê um belo fora no belo argentino.. nessa copa américa, é claro!

    abraços

    Bom trabalho para vocês ai!

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