Daniela Penha - Estádio Kempes, Córdoba
Há 10 minutos do início da partida entre Brasil e Paraguai, o estádio Kempes, na cidade de Córdoba, já está praticamente lotado. Cerca de 1000 policiais se encontram no local para garantir a segurança dos 50 mil torcedores esperados e o azul e vermelho está prevalecendo nas arquibancadas.
Nos Portões a animação é grande, porém há tranquilidade. Entre rostos pintados, bandeiras de diversos tamanhos e fantasias inusitadas, a expectativa da vitória vai se estampando. Carlos Romero é paraguaio, porém vive há 5 anos na Argentina com a família de 12 pessoas. Todos apostam na vitória do Paraguai. "Vai ser 2 a 1. Nós vamos vencer o futebol de vocês!". Quando tem que optar entre Brasil e Argentina, no entanto, preferem o país vizinho. "A gente vive aqui, mas torce pelo Brasil. A gente de vocês é mais amável", garante a esposa, Uersa Nancy.
A opção também é a mesma do casal de cordobeses Maria Sarania e Francisco Acosta. Ela tem a camiseta divida entra a estampa do Brasil e da Argentina. Ele vem com a camiseta do Brasil. Carregam bandeiras dos dois países, porém na hora de torcer ficam com o verde e amarelo. "Quando o Brasil perde eu até choro. E quando a final é Argentina e Brasil eu não gosto nem de ver", conta ela.
Para os poucos brasileiros que estão no estádio (comparado ao número de paraguaios), essas demonstrações fortacem a torcida. O mineiro Marcelo Freitas e dois amigos chegaram a Córdoba hoje. Vieram apenas para ver esse jogo e apostam no 3 à 0. "Nós temos que nos unir nessa vitória".
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Uersa Nancy aposta na vitória paraguaia (Foto: Cristiano Pavini) |
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Maria Sarania e Franciso Acosta (Foto: Cristiano Pavini) |
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Os mineiros Marcelo Freitas e Gildeon Durães (Foto: Cristiano Pavini) |
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