A Copa América fez da Argentina uma casa temporária para milhares de jornalistas de todo o mundo. Apesar da predominância sul-americana (com destaque para repórteres brasileiros e argentinos), profissionais de diversos países europeus e asiáticos vieram cobrir as jogadas de Lionel Messi, Diego Forlán, Neymar e companhia.
Somente em Códoba, estavam presentes na semana passada representantes de dois veículos tailandeses, um sul-coreano e diversos japoneses. Dentre estes últimos, a Rádio Unesp Virtual teve o prazer de conhecer Taku Kudo, repórter do jornal Tokyo Chunichi Sports.
Foram alguns minutos de conversa, enquanto aguardávamos juntos na fila de espera do Comitê de Prensa por entradas para a partida do dia 11/07 entre Argentina e Costa Rica. Entre a ansiedade pela retirada dos ingressos (bem sucedida por ambos), conversamos sobre a competição.
É a primeira vez de Taku em solo latinoamericano. Manejando um "esforçado" castellano, ele confessou sua paixão pelo futebol brasileiro e garantiu que estará no Brasil para a Copa do Mundo e Olimpíadas. Afirmou que Neymar é muito conhecido no Japão, e que os japoneses estão empolgados para vê-lo jogar no Mundial de Clubes no final do ano (já que o Santos venceu a Libertadores da América).
Taku aproveitou a conversa para realizar uma rápida entrevista comigo sobre a jovem revelação brasileira. Quis saber se Neymar tem espaço no Real Madrid (segundo ele, são fortes as notícias no Oriente de que o santista será comprado pelo clube merengue até o final do ano), e ambos concordamos que ainda era cedo para um salto tão grande (ele lembrou de Robinho, cujo futebol na Espanha não passou de mera promessa).
A conversa estava boa, mas o relógio não nos favorecia. Há poucas horas do decisivo jogo entre Argentina e Costa Rica, nos despedimos e tomamos rumos que nos levaríam, por coinciência, à mesma fila de cadeiras do setor de imprensa no Estádio Mário Kempes.
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Taku prometeu que estará no Brasil para a Copa do Mundo (Foto: Cristiano Pavini) |
Tabelinha jornalística
A entrevista realizada por Taku com o repórter da Rádio Unesp Virtual (aliás, ficarei extremamente grato se alguém encontrar a matéria no site do Chunichi Sports) foi uma das centenas feitas por jornalistas com seus colegas de profissão nesta Copa América.
Essa cena era presenciada a todo momento na sala de imprensa em Córdoba. Sempre haviam colegas de profissão que, mediante a necessidade de pautas, intercambiavam entrevistas entre si. No jogo entre Brasil e Equador, por exemplo, um repórter equatoriano me chamou para uma entrevista ao vivo para sua rádio.
Poucos minutos após minhas declarações (em um nada convincente portunhol), o mesmo repórter estava frente a um microfone de uma rádio brasileira, sendo questionado sobre as consequências de uma possível (depois confirmada) eliminação da seleção equatoriana.
A Rádio Unesp Virtual também não fugiu à regra. Além das entrevistas com Galvão Bueno, Mauro Naves e Casagrande, conversamos com diversos jornalistas de diferentes nacionalidades. Devido à falta de tempo e espaço, a maior parte delas não foi publicada (com a importante ressalva de que tampouco foram descartadas).
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Jornalista equatoriano Andrés Luna Montalvo em entrevista à Rádio Unesp Virtual (Foto: Daniela Penha) |
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