terça-feira, 12 de julho de 2011

Há 12 anos equatoriano acompanha seleção tentando a sorte com malabares

Daniela Penha - Córdoba

A porta do estádio é o lugar ideal para a surpresa e o inusitado.

Nos portões do Mario Kempes, pouco tempo antes de começar o decisivo jogo entre Argentina e Costa Rica, uma aglomeração começa a se formar. Torcedores e imprensa se empurram para chegar mais ao centro da roda de pessoas que competem espaço para ver de perto os famosos malabares de Manuel Angel Loor. O equatoriano tem uma história peculiar, que conta com um tanto de timidez e outro mais de vontade tanto para os holofotes das TVs argentinas quanto para os meros curiosos.

Manuel foi rapidamente rodeado pela imprensa argentina (Foto: Daniela Penha)
Aos 20 anos de idade ele começou a aprender malabares. Aos 56, admite que não sabe e nem gostaria de fazer outra coisa.  Equilibra de tudo (bola de futebol, laranja, pedra, ovo, bola de bilhar) em tudo (Régua, caneta, nos pés, nas mãos, na testa, na boca) e, há pouco mais de 12 anos, acompanha a seleção do Equador em campeonatos por todo o mundo. “Eu vou pra torcer, pra dar sorte e para mostrar às pessoas o que eu sei fazer”.

Já conheceu mais de 10 países e diz com orgulho que faz tudo por sua conta: “Eu mostro minha arte e vou arrecadando dinheiro. Acompanho a minha seleção com a minha forca de vontade”. Modo de viajar que nada tem de simples. Manuel relembra que mais de uma vez precisou dormir em terminais ou comprar suas passagens com doações de amigos, admiradores ou conhecidos.

Essas adversidades, no entanto, em nada mudam suas vontades. “É isso que eu gosto de fazer. Quero continuar sempre”.  Garante que os pontos positivos são maiores. Com tantos anos de estrada (subs 20, subs 17, eliminatórias) ele conta que fez de alguns jogadores seus amigos e que, pouco a pouco, está ganhando reconhecimento internacional: “No Brasil, por exemplo, eu já fui mais de duas vezes. Nas ruas de lá, todo mundo parava para me ver”.

Para a Copa América, ele guardou dinheiro e fez contatos com amigos argentinos. Garante que não parte até que sua equipe não se vá também e, com grande expectativa, afirma: “Com o Brasil nós vamos marcar um a zero”.




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